terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O CANTO DA SEREIA AGONIZANTE.



XÔ, ZÉ RUIM!

Quanta festa foi feita em Barra Mansa em torno da remoção do pátio de manobras! Propagandas caríssimas na televisão, recursos gráficos e audio-visuais, outdorrs, busdorrs, mega-banners, audiências públicas, propagandas intermináveis em todas as emissoras de rádio, discursos, shows, paralisações do centro da cidade, visitas de governador, e até agora de concreto, o que temos? Nada. O pior de tudo que toda a "festança" na mídia foi paga com nosso dinheiro, que poderia ter sido muito melhor aplicado em remédios, médicos, professores, tecnologias, livros, reformas em escolas, postos de sáude, valorizações funcionais e tudo mais.

Sempre procuramos fugir do tema para que não ficássemos estigmatizados como pertencentes do grupo do "quanto pior melhor", mas já sabíamos que as coisas seriam muito diferentes das previamente divulgadas por eles. Quando a vencedora da licitação abriu mão da empreitada, ficou claro que os valores estavam defasados e as obras seriam de mentirinha até que fosse realizada uma adequação financeira e orçamentária. Com a crise econômica mundial, as intempéries nacionais e as necessidades institucionais e políticas do governo federal, ficou evidente que outras prioridades se insurgiam e que Barra Mansa novamente ficaria em segundo plano, principalmente porque é administrada por um governo fraco e sem expressão política nas esferas federais e estaduais. O valor destinado pelo Governo Federal para a realização da obra ficou diminuto, considerando-se inflação, aumentos salariais, valorização e escassez de mão-se-obra qualificada e matéria-prima, devido as frequentes paralisações do andamento dos projetos, tanto pelas intermediações ambientais e ecológicas do Ministério Público Federal, quanto pelas deficiências infantis do projeto original concebido pelos administradores locais. Ressalto novamente que um dia este pátio será removido do centro da cidade, muito mais pelo interesse das concessionárias do transporte coletivo e das suas influências e "parcerias" com os poderosos de Brasília do que por méritos da classe política local, que se preocupou muito mais em brigar e assumir a "paternidade" da criança ao invés de esboçar um projeto tecnicamente indiscutível que não provocasse as sequenciais interrupções no andamento da tramitação e execução. Mas posso afiançar que não será neste ano nem neste governo. O próprio prefeito, dissimulado como ele só, já antevê nas suas cansativas "promessas" para 2012, que "boa parte" das obras estarão concluídas neste ano, mudando radicalmente seus discurso e "anunciação" anterior. Na verdade, se apenas a construção em andamento dos dois viadutos for concluída, já podemos nos dar por satisfeitos. As obras estão paradas, estagnadas, e a prefeitura vai fazer uma verdadeira sangria no erário para tentar mascarar o real andamento e iludir o eleitorado com um suposto e fantasioso cumprimento de compromisso. Pena é que concomitantemente outras fortunas vão ser investidas na mídia para fazer o cidadão comprar a falsa ideia de que as coisas sairam do papel e que o governo foi eficiente.

Preparem-se, pois certamente isso será o último canto da sereia agonizante na tentativa desesperada de sobreviver aos próprios erros e incompetências que marcaram o governo do Zé da Ré Nato como o pior da história de nosso município.

Um comentário:

  1. Uma pergunta que não quer calar e foi denunciada pelo Café do Bule: porque a empresa que ganhou a licitação - DELTA ENGENHARIA - desistiu de fazer a obra e a 2ª colocada pegou com um preço defasado em 40% pois o orçamento da obra era de 2004?

    A resposta parece óbvia, principalmente quando o MINISTRO ANDERSON ADAUTO dos transportes é demitido junto com mais de vinte pessoas do ministério por roubalheira.

    Zenérico, explica isto pro povão!

    AMIGOS DA ESCOLA

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