quarta-feira, 9 de junho de 2010

ANÁLISE POLÍTICA 5, CAPÍTULO CANDIDATOS À DEPUTADO FEDERAL EM BARRA MANSA (2ª PARTE).


FUTUROS NATI-MORTOS.
Em mais uma fase de nossas análises políticas sobre as eleições de 2010 no sul-fluminense, vamos encerrar o capítulo Barra Mansa de forma bem rápida. Além das três candidaturas a deputado federal comentadas (Chris, Jonas e Bill), que a nosso ver, são aventuras insólitas que podem insurgir contra o próprio pé, temos noticiadas outras três candidaturas de eleitores da cidade ao Congresso Nacional, que assim como as três mencionadas, não possuem o mínimo respaldo popular nem conseqüência prática, embora todos mereçam o meu respeito pessoal, que são Gracinha, Vicente (PT) e Jonas Emerick. Sem mais comentários. Parece que estão achando que se tornar um Denisar Arneiro ou um Feres Nader é fácil. Não é não, queridos, é preciso muito dinheiro e trabalho. Esse leque de candidaturas inusitadas e desestruturadas é resultado da falta de comando que a política de Barra Mansa vem sofrendo na gestão da “turma do bem”. Essa multi-pluralidade (redundância proposital) é fruto da desesperança e dos desgovernos. Barra Mansa em nada tem a ganhar com isso. Precisaríamos de união em torno de líderes natos e capazes, como é o caso do prefeito Neto de Volta Redonda, que se tornou um referencial na política regional, seja como apoio ou oposição. Mas numa terra sem pulso forte confiável, surgem essas diversificadas correntes atirando para todo o lado, e isso, de certa forma só beneficia a legião que está no comando do poder executivo municipal, unida em torno de salários, vantagens e mordomias. Talvez seja essa a estratégia maquiavélica do pachá. Dele, não se pode esperar mais do que isso. Mas quero deixar um recado aos candidatos aventureiros: Eu sei que vocês têm abordado eleitores apresentando raciocínios matemáticos forjados e mentirosos, alegando que com uma pequena quantidade de votos vocês se elegerão. Portanto, prometo em caráter irreversível, que imprimirei 120.000 boletins (e já tenho patrocinador para a empreitada) informando, após as eleições, quantos votos faltaram para que cada um se elegesse. Quem mentir (e tem muita gente mentindo descaradamente) vai ser desmascarado e certamente terá seu futuro político comprometido. Política, apesar de suja em vários aspectos, é coisa séria, e não balão de ensaio de aventureiros inconseqüentes.
Ontem um incentivador de uma dessas seis candidaturas mencionadas, me informou que o objetivo é projetar o candidato para a próxima eleição, o que comprova que de fato, eles estão mentindo para o povo quando alegam chances de sucesso em outubro. Mas quero relembrar alguns casos de pessoas que se candidataram a deputado, tiveram votações pífias e depois amargaram o triste sabor do ostracismo político:
Joaquim Pitombeira, depois de mais de vinte anos de eleições tranqüilas na Câmara Municipal, candidatou-se à Assembléia, teve somente 3000 votos e depois jamais conseguiu se reeleger.
Carlos Elias, ex-vereador e secretário de governo, candidatou-se a Alerj, teve 3000 e poucos votos e hoje ninguém mais se lembra dele.
Darquinho, foi vice-prefeito, candidatou-se a Alerj, atingiu votação pífia, e hoje não tem mais influencia política.
Erlei Andrade, era vereador, médico, advogado, estava na crista da onda, candidatou-se a deputado federal, teve três mil votos apenas e quando se candidatou à reeleição ficou em décimo lugar no seu partido e hoje se desencantou com a política.
Sebastião Duque, era deputado, e perdeu para vereador.
José Marques, vereador de cinco mandatos, arriscou uma vaga na Alerj, conseguiu pouco mais de 6000 votos, e para surpresa de muitos, quando tentou a reeleição na CMBM, perdeu o reinado.
Rodrigo Drable, vereador atuante, jovem, de berço político tradicional, candidatou-se a Alerj, também conseguiu mais de 6000 votos, e mesmo tendo votação expressiva na tentativa de reeleição, ficou de fora. Acabou despertando o medo de outros candidatos que se recusaram a engrossar a sua legenda.
Valente, ex-deputado, perdeu para vereador.
Russo, ex-vereador, que mesmo não sendo candidato à Assembléia, autorizou seu irmão a concorrer e o apoiou. Seu irmão conseguiu apenas 800 votos, e Russo perdeu a reeleição.
Ricardo Maciel, foi vereador, candidatou-se ao Congresso, e mesmo trabalhando muito, jamais conseguiu retomar sua projeção política.
Sebastião Alves, foi quase vice-prefeito, quase vereador, quase deputado. Tudo quase.
Existem mais vários outros casos similares.
Em cidades vizinhas também se percebe o mesmo fenômeno.
Conclui-se então que candidaturas mal-pensadas e aventureiras, ao invés de projetarem o “candidato” para o futuro, expõem as suas fraquezas e afetam a sua credibilidade.
Falo isso de forma contundente, pois lamento muito que possíveis futuras lideranças políticas, que tanto nos carecem, tenham o hábito intermitente de morrer no nascedouro por falta de planejamento, consciência e sincronismo com a realidade.
Quem apóia tais iniciativas de “amigos”, ao invés de lapidarem-nos, acabam colaborando para sua execração política.
Pensem nisso com carinho e razão, sem paixões ou utopias.
Falei no início desta postagem que seria rápido. Enganei-me. Espero estar enganado também quanto ao teor da mensagem. Mas creio que não. Infelizmente.

5 comentários:

  1. Boa noite Julinho !

    Concordo com quase tudo com o que você falou.
    É verdade que em Barra Mansa muitos se aventuram na política exatamente pela falta de uma liderança que os una e agregue valor a uma liderança real e não imaginária. "Nosso líder maior", pois sim!
    Só não concordo com a citação de dois grandes amigos, inclusive em quem já votei por várias vezes. O Rodrigo, neto de meu inesquecível amigo e excelente Prefeito Marcello Drable, e o Ricardo que foi incusive o responsa´vel pela continuidad do curso de professores do Colégio Comendador Pereira Inácio.
    Eles podem até ter ido um pouco depressa demais, mas ainda os considero aptos a postular qualquer cargo eleivo em Barra Mans.
    O Rodrigo sei que tem esta pretensão, pena que o Ricaro tenho ido para o pSDB de São Paulo, onde aliás já ouvi dizer que tem grande prestígio e é muito prestigiado. Imagine que já o encontrei com o Dr. Geraldo Alckimin em Canção Nova e fui apresentada ao então Governador pelo Ricardo e pude perceber o carinho que ele detem com todos.
    No mais acho que a falta de liderança verdadeira e firme, como Denisar, Marcello, Luiz Amaral deixam realmente a cidade solta com candidaturas que não traram nenhum benefício, mas ao contrário sofreremos derrotas com a divisão de votos.
    Atenciosamente.

    MDL

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  2. Cara professora,
    Me perdoe se meu texto deu a impressão de que estava depreciando as possibilidades políticas dos exemplos mencionados, pois não fora minha intenção. Apenas constatei fatos e resultados públicos, mas que não remetem de forma alguma ao "enterro" político. Não só os dois mencionados são pessoas queridas e de meu convívio, como vários outros citados, a quem espero poder ver regressar no rumo da vitória política. Mas que de fato, suas candidaturas à deputado foram inapropriadas e custaram um caro preço aos postulantes. Nada irreversível, reitero.
    Grato pelo apreço e comentário.

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  3. uma pergunta Roosevelt Brasil teve quantos votos na sua primeira candidatura a deputado, pelo que eu sei nao ganhou e hoje e a maior representaçao politica de Barra Mansa
    Portanto essa regra nao e absoluta

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  4. Caro amigo, vou ser breve...Graças a Deus estamos num regime democratico portanto todos tem o direito de tentar, abortar uma candidatura em favor de outra e abandonar um sonho.....ninguem tem esse direito e tem mais ameaçar com 120.000 folhetos pra colocar suas ideias em pratica acho pouco democratico, direito de ser candidatos todos tem e cabe meu amigo Julio o povo escolher e nao os bastidores e corredores da politica. Salve a pluralidade de ideias e opçoes, e salve a democracia...quem escolhe nao e vc e sim o povo....ok!!!

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  5. Caros anônimos,
    Primeiramente quero deixar bem claro que em política não existe regra absoluta, e nem quero ter a pretensão de criar a primeira, mas mesmo assim o exemplo do pachá não se adequa ao caso, pois jamais ele foi candidato a vereador. A candidatura a vereador depois de um pleito à Assembléia ou ao Congresso, geralmente remete ao retrocesso político e a depreciação de imagem, é essa a minha teoria. Por isso reafirmo, GERALMENTE isso acontece. É mais do que minha opinião, é uma CONSTATAÇÃO DE FATOS.
    Em segundo lugar, quero esclarecer que respeito e muito, o direito de cada um se habilitar a qualquer cargo público, seguindo as diretrizes constitucionais e jamais pretendi ameaçar candidatura alguma. O que não concordo nem acho ético são "candidatos" venderem falsas informações para eleitores, do tipo, eu só preciso de quinze ou vinte mil votos para me eleger, blá,blá,blá,blá.
    Isso é um estelionato eleitoral e uma mentira escabrosa e sem fundamentos. É para quem usa deste expediente a minha ameaça. Não a candidatura em si, mas a mentira que se esconde na sua propagação, ok? Espero que tenha ficado bem claro.
    Para citar um exemplo, o meu amigo Chris, jovem que admiro e tenho como uma pessoa querida, está informando (entrevista no jornal a voz da cidade) que no seu partido (PMDB) um suplente empossou-se com apenas 25 mil votos. Mas ele omitiu que no seu partido, o eleito a deputado federal menos votado, teve mais de 60 mil votos. Isso é um fato. Isso é a dura realidade.´E o blog tem a premissa irrevogável de se ater tão somente a verdade. Doa a quem doer.
    Um abraço a todos e grato pelas democráticas opiniões.

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