segunda-feira, 7 de junho de 2010

BANDICIDADE.


BAND CIDADE VIROU BANDICIDADE.
Depois que aconteceu o malfadado episódio do meu possível retorno a televisão na BAND, decidi não pensar mais no assunto e não ver o programa. A bem da verdade, já era raro eu ver a programação local da BAND, e não haveria porque de assisti-lo. Decidi concomitantemente riscar do meu convívio, as pessoas envolvidas no episódio, pela decepção que me causaram. Ressentimentos só fazem mal para quem os sente, e eles não mereceriam que sofresse por eles. São muito pequenos para tal. Porém, como adquiri há meses um aparelho PROBOX, que no princípio foi uma benção, mas agora só resta transtorno, fiquei sem TV a cabo no final de semana e por acidente, ontem, no início da madrugada, deparei-me com a reprise do BAND CIDADE de ontem.
No princípio, me envaideci comparativamente com a postura do atual apresentador, que sinceramente, não leva o menor jeito para a coisa. Mas depois veio a tristeza nostálgica de ver um espaço que criamos em defesa da sociedade ter virado uma mercadoria barata de enaltecimento a clientes preferenciais, no caso específico: a prefeitura de Barra Mansa.
O Apresentador, que certamente está recebendo migalhas para se sujeitar ao triste papel, enalteceu como uma efeméride um mero programa de manutenção obrigatório em todos os serviços públicos, mas que em Barra Mansa, como todo o pouco que é feito, tenta-se vestir de grande realização.
Uma coisa que me dava orgulho na época em que apresentava o programa, era que a BAND tinha ares de independência em sua linha editorial nacional, mas que agora, no Sul-Fluminense, alinhou-se ao triste papel de outros comunicadores que em troca de verbas tentam usar da credibilidade de seus veículos e das imagens e microfones para engabelar a situação e jogar a sujeira para baixo do tapete. Restou para meu consolo, a opinião carinhosa de minha mulher que constatou o seu orgulho por saber que eu jamais me prestaria a desempenhar esse papel escabroso, humilhante, depreciativo e contrário ao interesse público.
O nascedouro do BAND CIDADE era a prestação de serviços e a crítica construtiva e contundente ao poder Público, em defesa dos interesses legítimos da sociedade, mas que agora, infelizmente com o mesmo cenário e formato, muito embora gravado e semanal (nós fazíamos diariamente e ao vivo), tenha se transformado de moeda barata de empulhação e bajulação mesquinha. Os desafetos vão dizer que é dor de cotovelo de minha parte. Podem pensar assim, pouco me importo, mas a verdade é que o sentimento que me norteou a escrever essas linhas é comparável a ver um filho enveredando para a marginalidade depois de todo o carinho e amor ofertado.
Desculpem-me o desabafo.

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