MAQUETE DE FASCÍNORA.

COMENTÁRIOS DE UM DRAMA ANUNCIADO.

Ainda comovidos com a chacina de Realengo, uma notícia publicada pelo jornal e pelo site do Diário do Vale causou comoção regional e recebeu no site a marca alta de 88 comentários.

Trata-se da notícia de que pais de alunos de um colégio municipal no bairro Jardim América, em Barra Mansa, proibiram seus filhos de freqüentar a escola em face das ameaças de morte que um garoto de apenas 13 anos, estaria fazendo contra seus colegas e funcionários da escola.

Segundo consta, o menino estaria estudando nesse colégio protegido por uma ordem da promotora da Vara da Infância e Juventude da cidade.

Muitos comentários abordaram o tema com ângulos diferentes e na maior parte dos casos os argumentos são respeitáveis.

Para que possamos formar uma opinião sobre o assunto polêmico e perigoso, precisamos nos ater a alguns componentes desse quadro dantesco.

Esse colégio tem apenas um vaso sanitário para 75 funcionários e 2 banheiros para atender a 700 alunos. E isso não é de hoje, pois essa anomalia já perdura por 6 anos. Tal fato mostra claramente a falta de importância que o Poder Executivo dedica a esse educandário, e num ambiente desse porte, a insegurança predomina e qualquer ameaça toma ares de tragédia.

Creio que a promotora dentro das suas funções, visa garantir o direito à educação para esse aluno, mas eu e várias pessoas no site gostaríamos muito de saber se tal promotora permitiria que seus filhos estudassem com esse rapaz e fossem ameaçados diariamente por ele. Como dizia minha vá: duvide-o-dó.

No Brasil virou moda defender minorias contra maiorias. O Conselho Tutelar e o MP visam oferecer estudo para esse pivete, mas quanto aos demais, que convivam com o medo e o risco às próprias vidas. Essa história de pastoral carcerária, direitos de bandidos, bolsas-presidiário, etc...são normalmente utilizadas para cabular votos para politiqueiros hipócritas e de fato só contribuem para o aumento da impunidade gerando, a cada dia, mais e mais violência.

Independentemente do erro do poder Judiciário neste caso, fica sempre notória a falta de pulso e capacidade dos comandantes da educação em Barra Mansa. Foi-se o tempo que a competência era o ingrediente mais necessário para a progressão profissional dentro dos colégios. Hoje, que dirige, além de precisar ser exímio baba-ovo, ainda tem que ler as cartilhas do COC e do BEM. E capacidade gerencial para administrar um pesadelo desses, passa longe da cabeça de seus escolhidos.

A legislação brasileira ainda é demasiadamente tolerante na questão da maioridade penal, e crianças ficam sujeitas ao assédio de traficantes, para transforma-las em mulas e soldados, graças a impunidade. Não importa-me a idade deste menino, se ele está apto e desejoso de matar seus semelhantes, ele deixa de ser menino e passa a ser bandido e é assim que deve ser tratado, mas mesmo assim, é preciso que as pessoas saibam que perante a luz da justiça brasileira, seus pais são seus responsáveis civis, portanto, passíveis de receberem processos face aos incômodos e prejuízos que seu filho vem causando.

Para finalizar, creio que a promotora se equivoca neste caso, pois o local para recuperação deste víbora em potencial é um reformatório e não uma sala de aula convivendo com crianças inocentes e puras, que tem direito à vida e a educação. O Estatuto da Criança também foi feito para elas e tem que ser respeitado.