terça-feira, 12 de abril de 2011

QUEM DESCASCA ESSA BANANA?


SÓ MESMO UM GRANDE MICO.

Eu postei aqui previamente, que muito embora acreditasse que a Câmara Municipal de Barra Mansa esteja dando um salto democrático e participativo em promover audiências publicas para debater assuntos de relevância para a população, a reunião publica que ia discutir a propalada gratuidade para maiores de 60 anos nos transportes coletivos municipais já nascia natimorta e bons frutos não podiam ser esperados, razão pela qual declinei o honroso convite para participar. Não deu outra. No dia, a esperada claque petista comandada pelo vereador José Mauricio, que transformou o tema em seu cavalo de batalha eleitoral, achou feio tudo que não era espelho e veio preparada para vaiar qualquer ponderação que não fosse integralmente favorável à medida. Reiteramos que não somos contra gratuidade nenhuma, mas temos responsabilidade perante nosso povo e com os números, afinal na matemática não há espaço para magia. Se concedida a gratuidade, ela só poderia ser oficializada se alguém pagasse a fatura. Como o prefeito não se dispôs a fazê-lo e nem sequer compareceu, só restaria uma alternativa legal: transferir a conta para os demais usuários das concessionárias do serviço publico. E quem são esses usuários? Trabalhadores, operários, gente em busca de emprego e oportunidade, universitários e por aí afora, gente que cada centavo faz falta no bolso. Vereadores da comissão de justiça da Camara, para não cometerem o mesmo erro que jogou por terra a mesma medida em Volta Redonda, apresentaram, de última hora e sem a ciencia de seus pares, uma emenda oficializando o fato, ou seja, a partir de primeiro de janeiro do ano seguinte, a gratuidade seria concedida, e o resultado financeiro do prejuízo causado seria repassado para os demais passageiros em forma de aumento de tarifa. Isto feito, oficializou-se uma medida que não cabe a Câmara: aumentar passagem. Isso é uma prerrogativa exclusiva do prefeito através de uma planilha de custos, mas a Camara inocentemente acatou a demagogia de um vereador e em primeiro ato, deixou o prefeito lavar as mãos, livrou a cara dos empresários e arcou com o ônus do aumento da passagem. Não precisaram muitos dias para os mesmo vereadores enxergarem que ao invés de serem considerados heróis pelos eleitores de 60 à 65 anos, se transformaram em violões para 70% da sociedade que usa os veículos públicos. Hoje, certamente, eles estão tentando criar uma alternativa para reverter o quadro e não serem defenestrados pelos seus fiéis eleitores e seguidores e tenho certeza, no final, toda essa discussão só serviu para privilegiar um ardil político infame mas que se mostrou eficiente pelo menos para os mais incautos. Esse projeto de cunho demagógico e eleitoreiro vai na contra-mão da história, onde graças a modernas tecnologias, mesmo numa cidade carente de saúde como Barra Mansa, a expectativa de vida útil a cada dia é mais extensa. Quem aumenta preço de passagem é o prefeito, e por conseguinte, quem tem a prerrogativa para conceder gratuidades é ele próprio. Fora disso, tudo é uma enorme ilegalidade e hipocrisia. Pronto, falei.

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