terça-feira, 10 de julho de 2012

NATURAL DE BARRA MANSA (7).


RONALD DUARTE.
Nasce em Barra Mansa, 1962..., Mestre em Linguagens Visuais EBA/UFRJ, artista de ações visuais, vem nos últimos anos realizando ações e acontecimentos em arte contemporânea.
Trabalha especificamente com a urgência urbana, aquilo que precisa ser feito, dito, exposto, visualizado; "aqui e agora"...JÁ É!!!!
Em 2001, lava as ruas de Santa Teresa com água vermelha (cor de sangue): O QUE ROLA VCV, dialogando diretamente com a violência urbana, dando origem a Série GUERRA é GUERRA; em seguida, em 2002 ateia fogo em 1.500 metros de trilho do Bonde de Santa Teresa: FOGO CRUZADO, continuando com o diálogo.
Em 2003, fazendo parte da mesma série, realiza A SANGUE FRIO, onde espalhou pela cidade pedras de gelo com corante vermelho embaladas em cobertores como os usados pelos meninos de rua. As pedras, ao derreterem com o corante, simulavam uma criança ferida e deitada nas calçadas do Centro do Rio de Janeiro.
Em 2004 realiza: NIMBO/OXALÁ: com 20 extintores de incêndio e vinte artistas, todos de branco, acionando os extintores ao mesmo tempo, formando uma gigantesca nuvem, próximo de um cogumelo atômico, que envolve os artistas e desaparece se misturando ao céu..
Em 2005 realiza em Paris o "FUMACÊ DO DESCARREGO", versão singular, com uma chaminé de rodinhas defumando a cidade com alecrim, benjuim e alfazema. Ainda em 2005 realiza "PISANDO EM OVOS", verdadeiro "ebó" gigantesco com 3.200 ovos, junto com 28 artistas locais pisando em ovos na Esplanada dos Ministérios Brasília DF; Em 2006 realiza na ruas de Santa Teresa: "TREME TERRA" com Aderbal de Ashogum, construindo esculturas sonoras com 50 atabaques de oito terreiros de Candomblé da Baixada Fluminense.
Em 2007 faz uma interferência dentro do Palácio Imperial de Petrópolis, especificamente na sala de música da princesa Isabel, O FUNK DA CORÔA, onde aplica plotagens gigantes nas portas da sala, transformando a paisagem lá fora no Morro da Corôa. Ao mesmo tempo, escutava-se ao fundo o Funk Proibidão que toca em todos os bailes das favelas cariocas.
Com o Coletivo RRADIAL, criou algumas ações que entraram para o imaginário urbano da Cidade do Rio de Janeiro, como por exemplo o próprio "Fumacê do Descarrego", que vem sendo realizado a oito anos, desde o Colóquio Resistência. Com o Coletivo IMAGINÁRIO PERIFÉRICO, apresentou várias possibilidades de exposições em toda a periferia da Cidade do Rio de Janeiro. E hoje participam desse coletivo em torno de 350 artistas, a maioria da periferia e interior do Estado do Rio.
Ganhou o PRÊMIO MARCANTONIO VILAÇA em 2006 e em 2008 é contemplado com a BOLSA IBERÊ CAMARGO, permanecendo dois meses na cidade do Porto. Lá realiza “ALVO FÀCIL” um alvo de fogo montado com três barris de petróleo sobre roupas, doadas por moradores locais, no prado do Museu de Serralves, Porto, Portugal na abertura do TRAMA – Festival de Arte Performativa.
Em 2009, no Museu Het Domein na cidade de Sittard no sul da Holanda produz uma "guerra" usando “PAINTBALL”, parafraseando o jogo “counter-strike” numa contraposição à guerra civil dos morros cariocas.

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