segunda-feira, 5 de abril de 2010

DILMASCARADA.


DILMARIONETE.

Esses seis meses vão demorar uma década. Não bastasse as bravatas de Lula, a sua candidata a sucessão, Dilmaria-vai-com-as-outras também é especialista em dissimulações. Hoje manda, na linha de Lula, que os presos cubanos são diferentes dos brasileiros porque eles recebem muita atenção da mídia. Quanto mais tocam no assunto mais se enrolam. Quarta-feira passada, em sua despedida do Governo, Dilmarmota manteve seu olhar voltado no passado, como sempre faz. A estratégia, que se repete a cada aparição pública sinistra dela, tem motivos óbvios: é evidente o temor da ex-ministra de se comparar diretamente com seus adversários. Ela não tem biografia, não tem um histórico de realizações nem tampouco tem a oferecer a perspectiva de um futuro melhor. Por isso, aposta suas fichas em mistificações de um presente que está longe de ser real em comparação com um passado forjado pelo PT – em atitude típica de regimes totalitários que tentam reescrever a História.
Se, ao invés de fazer ataques inócuos aos partidos rivais, a candidata resolvesse estudar o próprio país, saberia que, durante o período do governo Lula, o Brasil teve crescimento per capita médio de 2,29% desde 2002 até agora. Foi apenas o 13º maior da América Latina (entre 19 países) e o 9º da América do Sul, entre 10 países. Que sucesso é esse?
A Dilmaritaca também se vangloriou do “excepcional” comportamento do Brasil frente à crise econômica mundial. Provavelmente tenta esconder – que o país não foi o primeiro, nem o segundo e sequer o terceiro a se sair melhor da crise. Com o “espetacular crescimento” de -0,2% em 2009, aquele que Lula anuncia desde o início de seu governo, o Brasil teve o 104º melhor desempenho do mundo, de uma lista de 213 países.
Dilmatrona também comemorou o suposto fato de que hoje o povo brasileiro “não aceita mais migalhas e projetos inacabados”. Faltou dizer que, na principal tarefa da qual foi responsável no atual governo, a condução do Programa de Aceleração do Crescimento (o famigerado PAC), até agora a candidata só entregou 11% das ações prometidas.
A escolhida de Lula se orgulhou, com razão, dos inegáveis ganhos de consumo da população no atual governo, em especial nas regiões mais pobres. Mas jogou para baixo do tapete números recém-revisados pelo IBGE mostrando que, na gestão anterior ao seu patrono, o PIB per capita nordestino aproximou-se bem mais da média nacional: passou de 42,29% para 46,44%, expansão de 4,15 pontos percentuais em oito anos. Lula só conseguiu uma melhora de 0,22 ponto percentual nos cinco primeiros anos de governo. O propalado avanço dos nordestinos em direção à menor desigualdade na gestão petista é mais um mito que os números oficiais também jogam por terra.
Dilmascote pelo menos não mentiu quanto à saída de milhões de brasileiros da pobreza na última década. Mas se esqueceu de dizer que, entre 2002 e 2008, caímos do 72º para o 75º no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a lista elaborada pela ONU que inclui dados sobre renda, mortalidade, esperança de vida e educação. Além disso, como lembrou o ex-governador Aécio Neves, em entrevista à revista Veja, nada seria possível se não fosse a arquitetura econômica herdada do Plano Real.
E, talvez mais revelador de seu pronunciamento, a ministra praticamente não falou dela mesma na despedida. Preferiu louvar o presidente Lula por 28 vezes, chamando-o sempre de “senhor”. Deixou claro, portanto, que prefere ser conduzida a conduzir. Mostrou que, mesmo podendo ser presidente da República, estará mais para cumprir ordens e dizer “sim senhor” a Lula e ao PT, não importa o que venham a pedir. Não temos uma candidata, temos uma marionete.
Dilmarionete.

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