quarta-feira, 14 de abril de 2010

DILMAÇANTE.


FILME QUEIMADO.

Já dá para fazer coleção o festival de gafes que a Dilmafeitora cometeu em apenas 12 dias de campanha. Começou com a mão na cabeça do Garotinho contrariando o Governador do Rio; prosseguiu com a repugnante passagem e a escancarada falsidade de seus atos em Minas, principalmente no túmulo do Tancredo, que desencadeou a onda Serrélio; passou pelas trombadas com a família Gomes no Ceará; e teve no irretocável depoimento sobre os exilados “que fugiram da luta”, a sua primeira grande obra-prima eleitoral.
Na pré-campanha, Dilmalquista gravou a imagem no filme fotográfico; já no início da campanha, esta imagem revela-se. Se isso vale – e pode estar certo que vale – o filme da Dilmanchada queimou. A petista vai aos poucos murchando para o tamanho que de fato tem. Uma Dilmala sem alça, sem um pingo da graciosidade e simpatia.
Os jornais estão recheados de notícias sobre as dificuldades da Dilmadonna em sua campanha. O Estadão as traduz em números: Dilmadame tem problemas para montar palanques em 15 dos 27 estados, onde vive 63% do eleitorado. Em outra via, o seu adversário tem candidatos próprios em 15 estados e “garantia de alianças sem maiores problemas em 24 das unidades da Federação”, completa o jornal.
Rusgas e mais rusgas regionais travam as viagens da candidata, informa a Folha de S.Paulo: “Em quase todos os estados há problemas em sua base que vão de disputas de aliados pela mesma vaga à insatisfação com a possibilidade de a ex-ministra pedir votos para o concorrente local”. “A escolha de viagens e agenda dimensionou as dificuldades de uma candidata ‘sem jogo de cintura’ para situações difíceis”, conclui O Globo depois de ouvir seis cientistas políticos sobre os “tropeços” da Dilmalcriada. Cadê a toda poderosa, cuja perspectiva de poder seduzia como ouro 24 quilates guardado no pote do fim do arco-íris? Pura fumacinha.
Diante das dificuldades que a dura realidade da vida está a lhes bater, os petistas esbravejam: Complô, vilania, má-fé! De quem, caras-pálidas? Basta citar aqui um único texto publicado hoje na imprensa para ver quem está, de fato, agindo agora pautado por má-fé, vilania, complô...Analisando a memorável frase “eu não fujo quando a situação fica difícil, não tenho medo da luta”, dita por Dilmaldita no sábado, Fernando Rodrigues ocupou-se de ver quem estaria distorcendo as doces, cristalinas e puras palavras da Dilmaléfica. Deu de cara com o exército que infesta a blogosfera. Mas, pera lá... “Petistas na internet inundaram blogs e sites de relacionamento interpretando a declaração de Dilma como um ataque velado a José Serra”, descobriu ele. O sociólogo petista Emir Sader foi um deles, informou o Painel da Folha.
Dilmalária disse o que queria dizer. Seu quartel-gerneral interpretou-a de forma idêntica à que ela agora reputa à má-fé e aos mal-entendidos de vilões da oposição. Conclusão: a Dilmaldosa expressou, de fato, opinião segundo a qual quem se exilou o fez por ser fujão.
À reação tão justa quanto indignada dos que lutaram pela reconquista da democracia no país a partir do exílio, sem apelar por explodir cofres e bancos, Dilmalévola arreganhou seus dentões pontudos de Dilmamute: “Não tentem me atemorizar. Pode vir, pode atacar. Não pensem que, com isso, me atemorizarão, porque não vão”. Quanta humildade. Os amigos do PMDB podiam ressuscitar aquele bambolê para Dilmamata.
Isso é, sem maquiagens, o que o PT oferece aos brasileiros nestas eleições presidenciais: um tom belicoso (tudo a ver com quem defende a bomba atômica iraniana), a disseminação da briga entre classes sociais, a divisão permanente do país. E olha que Dilmalfadada ainda tem 172 dias pela frente até a eleição de 3 de outubro...
Vem muita bobagem por aí.

Um comentário:

  1. Parabéns !
    Lúcido, verdadeiro e sem meias palavras.
    As "derivações" do nome então, são hilariantes e bem humoradas.

    Ricardo Maciel

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