segunda-feira, 17 de maio de 2010

PROCURANDO DEUS, MAS FUGINDO DE SEUS PROCURADORES.


QUEM ESTÁ HABILITADO PARA FALAR EM NOME DE DEUS?
Noite passada um padre foi bêbado no interior do Paraná. Ele estava dirigindo alcoolizado, e supostamente teria assediado uma jovem menina. Para tentar sair do flagrante, ainda tentou subornar o policial que o abordou.
Desde muito jovem, mesmo batizado pela Igreja Católica, nunca tive acentuado apreço por padres. Se me merecem respeito, os trato com respeito, assim como qualquer engenheiro, médico, advogado, gari, carteiro, etc... Não é a batina que me leva ao respeito imediato, mas sim as condutas, e em minha vida, presenciei dezenas de casos de condutas inapropriadas para quem pretende falar em nome de Deus.
Sempre admirei as pessoas que pregam mensagens religiosas e divulgam textos sacros, porém repilo aqueles que se dizem falar em nome de Deus ou de Jesus Cristo. Desconheço quem poderia conceder-lhes tal procuração.
Nunca entendi como uma pessoa pode orientar aos outros, especialmente sobre o amor, se é obrigado a reprimir os próprios sentimentos. Não me parece um bom conselheiro quem não vive as emoções que pretende julgar. Assim como não entendo jovens juízes julgando em varas de família, por falta de experiência de vida, que vale mais que os ensinamentos acadêmicos, não entendo padres avaliando comportamentos sentimentais entre homens só por terem estudado Teologia. Sim, porque o amor entre um homem e uma melhor, que destarte remete ao desejo, também é forma sublime de amor e expressão divina. Se Deus abominasse o sexo, não o faria como método de geração de vida. Simples, nada mais.
Apesar de não ter opinião definitivamente formada sobre o assunto, me causa estranheza que pessoas tenham seu sustento garantido para proferir palavras religiosas. E nesse filão se inserem padres, bispos, pastores, e todos os demais que sustentados por fiéis, vivem as custas de suas igrejas. Não tenho absoluta convicção que Deus abençoe isso, mas repito, ainda não formalizei definitivamente uma opinião a respeito. Mas tenho dúvidas, muitas por sinal.
É muito raro quem tenha coragem de levantar essa discussão, principalmente no meio político, mas o que é uma flechada a mais para São Sebastião? E lá vem o Julinho entrando em outra polêmica. Fazer o que? Sou assim mesmo, gostem ou não.
Enfim, para finalizar, convivo com essas práticas milenares de adoração divina porque a sociedade como um todo, na sua carência espiritual, preconiza e alimenta tais condutas, mas jamais vou mudar minha concepção religiosa, que basicamente é a seguinte: Confio e acredito em Deus, mas jamais em quem quer falar em nome Dele.
Deus de manifesta e sobrevive no inconsciente coletivo acima de todos os maus-tratos que os homens lhe ofereceram ao enlamearem os ensinamentos efetuados pelas ilustres almas generosas que aqui tiveram passagens e ciclos de vida humana, e apesar de toda a plêiade que usou seu nome em vão, para satisfação se suas vaidades e necessidades carnais, Ele está acima de tudo e ilumina o Universo e todos seus habitantes, independentemente de quem se auto-entitula carola ou crente. E vive intensamente dentro de cada um de nós, e é na nossa consciência que deparamos com Ele e prestamos conta de nossos atos.
Já passou da hora da humanidade livrar-se de dogmas criados para enriquecimento de pessoas e grupos e se dedicar a si mesmo e aos semelhantes, pois é lá que habita o Criador na sua estada na Terra. Pelo menos na minha humilde opinião.

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