quarta-feira, 14 de julho de 2010

ANÁLISE ELEITORAL 7 - A LÓGICA FRIA DOS NÚMEROS.

VIAJANDO NA MAIONESE.
Nas ruas já fui bastante abordado sobre os comentários que postei aqui no blog sobre as chances dos supostos candidatos a deputado à federal domiciliados em Barra Mansa.
Em primeiro lugar, quero afiançar que não tenho absolutamente nada contra os pretendentes, mas sim às suas pretensões por simples razões matemáticas e estatísticas, conforme esclarecerei mais abaixo.
Jonas e Chris são pessoas que as tenho como amigas e Ismael, quando prefeito de Barra Mansa, contou com meus serviços e minha fidelidade, sejam nos departamentos ou secretarias que assumi. Bill, Lia Preto, Jackson Emerick e Gracinha, apesar de não serem de meu rol íntimo de convivência, são pessoas que respeito e recebo respeito em contrapartida. Quanto ao Vicente Estevam, não o conheço e portanto, nada tenho que o desabone. Gostaria muito que todos fossem bem sucedidos em seus pleitos, mas a realidade indica o contrário.
Tomemos como base a eleição de 2.006, que por ser a última, é a única referência confiável que temos para efetuar qualquer tipo de análise sobre o tema. Pois bem, em 2.006, Barra Mansa tinha 122.702 eleitores, desses, 16.434 nem foram às urnas, sobrando 106.260 eleitores.
Deste número, 6.394 votaram em branco, outros 4.813 anularam o voto e mais 7.278 optaram por votar em legendas partidárias, sobrando para os votos nominais somente 87.783 eleitores, menos de 72% dos habilitados.
Destes 87.783, 22.992 votaram em candidatos expressivos da região sul fluminense, de outras cidades, tais como Cida Diogo (10.304), Delei (5.021), Zoinho (2.582), Baltazar (2.377), Luiz Sérgio (2.207) e Eduardo Meohas (501). Certamente no próximo pleito, essa fatia será proporcional e dividida entre Delei, Zoinho, Luiz Sérgio, Fernando Jordão, Alexandre Serfiotis, Alcides de Carli, Pedra, Noel de Oliveira, América Tereza, Jair Nogueira e Granato.
Sobraram em 2.006, 64.791 votos, mas destes 17.504 foram distribuídos em candidaturas originárias de grandes centros que obtiveram respaldo na cidade, tais como: Márcio Fortes (3.887), Fernando Gabeira (2.373), Geraldo Pudim (2.209), Vinicius de Carvalho (1.889), Eduardo Cunha (1.876), Leonardo Picciani (1.489), Pastor Manoel Ferreira (1.106), Andréia Zito (661), Júlio Lopes (690), Leandro Sampaio (764) e Miriam Reid (560). Esta fatia, que conta este ano com o apoio de Ademir Melo (Eduardo Cunha), Roosevelt Brasil (Fernando Jordão) e Ruth Coutinho (Júlio Lopes), deve continuar sendo dividida entre os três, além dos candidatos Vinicius, Leonardo, Andreia, Leandro, Garotinho e Jandira Feghalli, entre outros.
Outros 12.477 votos foram pulverizados em menores candidaturas e demais pretendentes de todo o Estado do Rio de Janeiro.
Sobraram, para candidatos da cidade apenas 34.810 votos, que foram assim distribuídos: Zé Renato (13.898), Carlos Nader (11.072), Mazzaropi (7.181) e Tuca (2.659).
Ou seja, apenas 28,37% dos eleitores habilitados em Barra Mansa, deram seus votos para candidatos domiciliados eleitoralmente na cidade. E não há absolutamente nada que indique que este quadro poderá mudar de forma substancial.
Se todos os 34.810 votos destinados a candidatos da cidade fossem para um só, nem assim isto daria a vitória eleitoral, pois se elegem apenas 46 deputados federais no Estado do Rio de Janeiro. Só para ilustrar, a média de votação entre os candidatos eleitos para o Congresso Nacional pelo Rio de Janeiro, foi, em 2006, de 90.756 votos. Eles somados obtiveram aproximadamente 50% dos votos nominais de todo o estado.
E Barra Mansa, pasmem, tem declarados, 8 (oito), repito, OITO, candidatos à Deputado federal.
São eles: Jonas Marins (Pc do B), Chris Vieira (PMDB), Gracinha (PMN), Lia Preto (PR), Bill (PT), Vicente Estevam (PT), Jackson Emerick (PRTB) e Ismael de Souza (PDT). Fala-se ainda que o deputado estadual José Nader também concorrerá, já que desistiu de disputar a reeleição da ALERJ, em favor de seu pai, José Leite Nader. E esse seria, o único candidato com chances reais de êxito, visto que seu clã político tem ascendência em diversas cidades do estado, o que não percebemos em nenhum dos outros candidatos mencionados.
Para se ter uma visão mais periférica do dilema, vejamos como foi a votação, em 2006, dos deputados eleitos nos partidos pelos quais os nossos pretendentes estão filiados:
O PC do B, de Jonas Marins, elegeu somente um deputado no último pleito, que precisou de 76.297 votos.
O PT, de Bill e Vicente, elegeu seis deputados em 2006 e o que teve menor votação entre eles, obteve 61.792 votos.
O PR, de Lia Preto, elegeu apenas um deputado que precisou de 48.371 votos para a vitória.
O PDT, de Ismael de Souza, elegeu três deputados em 2006, e o menos votado entre eles, adquiriu 62.091 votos.
O PMDB, de Chris Vieira, elegeu dez deputados no último pleito, mas o menos votado teve que arranjar 65.576 eleitores.
Nem o PRTB, de Jackson Emerick, nem o PMN de Gracinha, conseguiram legenda para a vitória, e mesmo que alguém obtivesse 80.000 votos nesses partidos, ficava de fora.
Portanto, amigos, não se trata de vontade própria nem torcida, mas sim de números frios e incontestáveis, que confirmam que todos os postulantes locais, sem exceção, estão viajando na maionese.
Ressalto, que caso haja uma esplendorosa votação a Jandira Feghalli, abre-se uma remota chance para a vitória de Jonas Marins, mas por enquanto, não existem dados confiáveis para que aceitemos esta hipótese como provável, mas reconhecemo-la, como possível.

4 comentários:

  1. É verdade Julio, os numeros sao pargmaticos e verdadeiros, mas como tudo na vida passa isso ja faz 4 anos, muda tudo ate a opiniao das pessoas....o que venho sentindo na rua e a vontade das pessoas de terem um representante federal na cidade...no meu caso vou votar no Cris e olha q nao votei nele p vereador...isso é incrivel... nao he meu caro Julio rsrsrsrsrs

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  2. Vontade eu também tenho, o que não tenho é dinheiro.
    O que ando sentindo nas ruas nos últimos dias é muito frio, nada mais.
    Votar no Cris para vereador não é tão incrível, mais de 1.800 fizeram isso. Incrível é transformar isso em 90.000.
    Nem no milagre dos peixes.

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  3. É parece que o amigo nao entendeu a frase, mas vou ser mais claro e breve. Pode nao haver o milagre do peixe... ate pq milagre só Deus, mas se depender do meu voto e de varios amigos e amigas Cris vai sair desta eleiçao como uma nova liderança desse municipio e isso já é um alento......

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  4. Caro amigo anônimo,
    Respeito a sua opinião, mas não concordo. Não creio que uma candidatura entre outras 8 do município, venham servir só para alentos ou construção de lideranças. Eleição não é balão de ensaio na minha opinião, principalmente de um candidato que afirma com tanta enfase que ama a cidade.
    Além do mais o tiro pode sair pela culatra, e este é meu medo, pois o que fica no incosnciente coletivo após o pleito, são só duas palavras: VITORIA OU DERROTA. Esse papo de campeão moral não apagou o título da seleção argentina em 78, e na política, vale muito menos.
    Mas não posso e mesmo se pudesse, não cercearia o sonho e o direito democrático de ninguém, mas tenho o direito de não concordar com esse tipo de prática e não me alinhar a ela em tempo algum.
    Barra Mansa já vem perdendo muito ao longo dos anos para ser balão de ensaio de quem quer que seja.
    Precisamos de resultados agora, já, e não podemos mais esperar.
    Um abraço respeitoso,

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