terça-feira, 30 de abril de 2013

O PALÁCIO BARÃO DE GUAPY.

FICA A DICA.
Hoje, na saída de um restaurante de Barra Mansa, após o almoço, encontrei com o advogado e ex-vereador barramansense Dr. Carlos Elias Curty, que era o vereador preferido do meu saudoso pai. No ato, ele me informou que estará no plenário da Câmara Municipal de Barra Mansa, no próximo dia 09 de maio, pois se encontra regimentalmente inscrito no horário da "Tribuna Livre" para dissertar sobre o estado de abandono do Palácio Barão de Guapy, patrimônio cultural da cidade que hoje abriga a Biblioteca do Município e a Academia Barramansense de História, além de receber eventos de maior porte dos Poderes Executivo e Legislativo, observando-se também, no seu exterior, diversas atividades artísticas, sociais e culturais.
Para quem não está bem a par do contexto, informo que há vários anos a manutenção do prédio em questão é de inteira responsabilidade da prefeitura, visto que a Câmara Municipal já arca com a onerosa manutenção de outro próprio público, onde atualmente funciona, dessa feita de propriedade do estado do Rio de Janeiro. Essa prerrogativa é estabelecida em documento específico e que não abre margem para outro tipo de interpretação. Isto posto, é bom relevar que mesmo que o Poder Legislativo tivesse demanda financeira para arcar com essa responsabilidade, não poderia efetuar despesa com esse tipo de serviço, pois isso se configuraria, nos olhos do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado, em flagrante desvio de função e competência.
O Governo do "Bem", em nossa cidade, protagonizado por Roosevelt Brasil e Zé Renato, gerou este estado de coisas ao oferecer ao monumento maior de nossa história sócio-política, o profundo descaso e total abandono. É sabido que promoveram licitações para utilizarem verbas federais disponibilizadas para tal fim, mas as mesmas foram desertas em face do baixo valor orçado e do alto custo para a reforma necessária nos padrões históricos estabelecidos em lei própria, haja vista que o Município não ofereceu nenhuma contrapartida financeira para a conclusão da empreitada.
Os leitores assíduos de nosso Blog também sabem que promovi, no início deste ano, um encontro de autoridades municipais com o deputado federal e ex-ministro da República, Luiz Sérgio, que na frente de várias testemunhas atendeu ao meu aclame e se comprometeu a incluir no orçamento de 2014, da União, uma verba não inferior a R$600 mil para a obra desejada por todos os segmentos culturais de Barra Mansa, porém, no entender de Carlos Elias e com a minha absoluta corroboração, não podemos esperar mais para a promoção de pequenas reformas e reparação de avarias que pouco custaria à municipalidade desde que fossem realizadas por mão de obra própria e pertencente ao quadro ativo do funcionalismo público e  utilização de ferramentas e insumos da Municipalidade.
Sendo assim, ciente de que Carlos Elias não tem pretensão política pessoal e nem almeja ser "pai de criança" alguma, creio que o meu prefeito Jonas Marins, devotado defensor do monumento histórico objeto do tema, onde ele inclusive tomou posse e já promoveu diversos encontros com a sociedade organizada, poderia "esvaziar" a fala oportuna do ex-edil e, em ato contínuo, determinasse que uma equipe da Superintendência de Obras e Serviços Públicos providenciasse urgentes reparações no Palácio que abrigou durante anos o Centro Administrativo do Município e a sede do Poder Legislativo, além de ser o palco centenário de dezenas de relíquias em obras de arte.
Da mesma forma, creio que os atuais edis do município também poderiam pleitear junto ao nosso Chefe do Executivo a providência recomendada para que não soasse estranho que um ex-político que há 25 anos largou o exercício da vereança viesse a ser o primeiro signatário dessa petição.
Por fim, eu e Carlos Elias ficaríamos muito satisfeitos em ver o seu discurso programado para o dia 09 mudar o tom e o foco, e em vez de promover denúncia, ele utilizasse o parlatório do Plenário legislativo para expressar os seus sinceros agradecimentos ao Poder Público instituído.
Fica a dica.

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