terça-feira, 1 de março de 2011

A DIFERENÇA.

EM BUSCA DE UM CONSENSO: JUSTIÇA SOCIAL.
Há mais ou menos um ano atrás, já desiludido com os rumos políticos que Barra Mansa tomou nas rédeas maquiavélicas do chefe da gangue da turma do bem, concluí o que já repeti neste espaço inúmeras vezes: Eles não sabem ou não querem administrar, mas são doutores “honoris causa” em usar da máquina pública para vencer pleitos eleitorais.
A receita é baseada principalmente na desmoralização dos adversários de forma covarde e dissimulada.
Não é só pelo fato de nutrir amizade com Ademir Melo, mas reputo o que fizeram com ele, na eleição de 2008, como desumano.
Taxaram-lhe, na sombria calada da noite, com artifícios muito bem engendrados e orquestrados por profissionais mestres na arte da degradação humana, como pederasta, traficante, homossexual, drogado, entre outras coisas deste nível sórdido. Ademir também foi inocente em se aliar a um sobrenome que há muito já vinha sendo desgastado na cabeça do eleitorado e isso tornou a adesivação negativa associada ao seu nome uma tarefa fácil. Quanto a Inês, não precisava muito, pois o estigma de ter aumentado o IPTU em 400% e ter demitido mais de 200 profissionais gabaritados da FEBAM, já em outras eleições, a tinha tirado do páreo nas disputas majoritárias, e por fim, os demais candidatos não tinham nem expressão nem aporte financeiro para um crescimento substancial na campanha. A máquina pública, aliada a fragilidade dos adversários, a monitoração do quadro, o apoio truculento e ilegal do governador entre outras manobras como a dilapidação moral dos concorrentes, fizeram o candidato oficial Zé Renato pular de 1% para a vitória em apenas três meses.
Foi quando vi o desenho da próxima eleição já rascunhado e similar ao passado, graças a uma oposição enfraquecida, dividida e omissa e nomes cogitados já maculados e incapazes de oferecer alguma resistência ao império do Bem.
Mas como nunca fui de entregar jogo antes de entrar em campo, comecei a matutar qual alternativa poderia surgir como antídoto à esse mal do bem.
Algumas características seriam “sine-qua-non” no possível postulante ideal:
1. Esse nome não poderia ser um político tradicional, e preferencialmente, jamais ter disputado um pleito.
2. Esse nome não poderia estar filiado a nenhum partido político.
3. Esse nome teria completa idoneidade moral e não poderia suscitar nenhuma dúvida quanto a isso.
4. Esse nome teria independência financeira, vida estabilizada, e nenhuma necessidade de locupletação.
5. Esse nome seria bem resolvido em sua careira profissional sem nenhum deslize curricular ou moral.
6. Esse nome teria declarado amor à cidade e raízes bem sedimentadas em nosso solo.
7. Esse nome teria experiência administrativa comprovada e alguma realização de grande porte.
8. Esse nome teria família constituída e respeitada no meio social.
9. Esse nome não poderia temar o Bem nem ter rabo preso com eles.
Evidentemente, após essas conclusões, percebi que achar esse nome seria uma tarefa inglória, tipo “missão impossível”, pois se existisse um nome com todos estes predicados, certamente não aceitaria ingressar num terreno tão pantanoso e arriscado.
Uma noite, após uma ou duas doses de um bom e revigorante scoth, olhei para o meu lado e vi, num passe de mágica ou aceno divino, a pessoa que pensei, materializada e em pulsante carne e osso.
Mas ainda não tinha sido nesse dia que comecei a tentar seduzi-lo a aceitar a sugestão de aventurar-se em caminho tão insólito para o estágio atual de sua carreira.
Até criar coragem para fazê-lo, fui tirando outras conclusões:
Barra Mansa não oferece educação de qualidade nem lazer para seus jovens. Isso não é justo.
A saúde pública é uma vergonha e pessoas morrem todos os dias por falta de atendimento adequado. Isso não é justo.
O preço da passagem de ônibus e da tarifa de água são muito acima da média nacional. Isso não é justo.
Barra Mansa não oferece oportunidades de emprego e seu comércio está desmotivado e enfraquecido. Isso não é justo.
Os professores e servidores municipais não recebem salários adequados, aprimoramento profissional nem estímulos funcionais. Isso não é justo.
As escolas e postos de saúde estão largadas à ermo. Isso não é justo.
Não há política cultural nem habitacional na cidade. Isso não é justo.
O transito é caótico e a guarda municipal despreparada funciona como uma industria de multas, e isso também não é justo.
Outras conclusões similares e na mesma linha me levaram ao resultado final: O que falta em Barra Mansa é justiça, mais precisamente: Justiça Social.
Enfim, munido desses raciocínios e argumentos, procurei o Juiz Dr. Paulo Cosenza, em vias de aposentadoria, e perguntei-lhe se não o seduzia a idéia de candidatar-se à prefeito de Barra Mansa. Era ele o dono do perfil completo sonhado.
No início da conversa, sua esposa que estava ao lado, esbravejou e foi radicalmente contra a proposta. Compreensível. O que Paulo ganharia com isso já que estava realizado em todos os níveis de sua vida?
Se vocês voltarem ao início desta postagem, perceberão que milagrosamente, ele, justamente ele, tem todos os predicados mencionados acima. É um homem de probidade inquestionável, não tem vínculos políticos partidários, jamais se candidatou a cargo eletivo, tem sólida família formada em Barra Mansa, é respeitado em todos os meios sociais, possui uma bela casa, um belíssimo salário permanente, filhos graduados, bens materiais, independência financeira, competência comprovada em todas as varas judiciais e na direção do Fórum da Comarca de Barra Mansa, e foi o grande responsável, podemos dizer, até mesmo o herói, que realizou contra todas as evidencias a maior obra civil da história de nossa cidade, que foi a construção do novo e moderníssimo Fórum, possibilitando a tranferência da Câmara Municipal para o antigo prédio forense, e da Biblioteca Municipal e da Academia Barramansense de História para o antigo prédio legislativo. Numa só tacada de ousadia e competência ele atendeu a todos os poderes constituídos e a cultura de nossa cidade.
Quando comecei a abordar sobre seu nome nas rodas políticas, muitos me chamaram de insano ou aventureiro. Prefiro o rótulo de visionário. E na reportagem que publicaremos a seguir, até o jornal Aqui se rendeu a tal fato.
Não sei se ele será candidato, e se for, não sei se ganhará, mas vocês perceberão na entrevista concedida ao jornal, que reproduzirei na íntegra na próxima postagem, que trata-se de uma pessoa diferente, com modo de ver particular e sensato, com idéias definidas e caráter transparente. Só posso garantir uma coisa: caso ele seja candidato, assim como em todas as suas lutas vividas, certamente não será apenas mais um mero coadjuvante e seu nome talvez produza a discussão necessária para refundarmos nossa cidade e sairmos do marasmo que o Bem nos impôs.
A sua esposa, Dra. Letícia, filha do lendário e saudoso Dr. Eros que tanto fez e que tanto recebeu da nossa cidade, hoje já entende e assimila que o descanso merecido de Dr. Paulo junto aos seus poderá aguardar para o bem estar da coletividade, e ciente de que seu marido é um emérito realizador, já encampou a idéia e a incentiva.
Essa é a nossa contribuição para o destino de Barra Mansa. Se o povo vai acolhe-la e compreende-la, é outra questão. Infelizmente, nem sempre os melhores candidatos são os vitoriosos, mas se Dr. Paulo for realmente candidato, teremos uma opção qualificada, independente, ousada, transparente, lúcida e emergencial.
Temos políticos na nosso meio que também reunem condições de administrar nossa cidade, mas para o momento atual de nossa combalida Barra Mansa, só mesmo um choque de Justiça Social, e esse choque, se quiserem, tem um nome: Paulo Cosenza.

Na próxima postagem publicaremos a entrevista concedida, sem edição, ao jornal Aqui. Percebam a diferença.

2 comentários:

  1. Julinho

    Tudo bem vc ser contra o PT e não gostar da Inês, é um direito seu,mas vc, o Ricardo Maciel e todo mundo sabe que os mais de 200 demitidos da Febam, foram admitidos "sem concurso público" e após a constituição de 88. Portanto eles foram contratados apenas "TEMPORARIAMENTE" e portanto a situação dele eram ilegais e tinham sim, que serem demitidos, inclusive a justiça determinou tal ação.
    Falar uma mentira mil vezez, passa a ser verdade???
    O governo da Inês teve suas falhas, alguma grosseiras, mas repetir discurso mentiroso a ela e o PT é inaceitavel de uma pessoa tão inteligente como vc.

    Abraços

    MDF

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  2. MDF,
    com todo sincero respeito, creio que seu comentário cometeu algumas observações equivocadas, e gostaria de poder esclarecer e merecer a a sua especial atenção:
    1. Não sou radicalmente contra o PT. Reconheço várias conquistas promovidas pelo Partido dos Trabalhadores, mas tenho dois senões substanciais:
    a) Em Barra Mansa, o governo foi desastroso e rancoroso, afastando da possibilidade de diálogo e participação todos os talentos que ousaram não empunhar uma estrevilha vermelha no peito.
    b) No Brasil, embora o partido tenha cometido o acerto de seguir avançando na política econômica do FHC, ele conquistou a confiança popular sobre a égide da moralidade e da mudança e não foi isso que percebemos. Através do assistencialismo, as questões éticas tão debatidas no passado, ficaram em segundo plano.
    2. Não tenho absoltamente nada de pessoal conta a Inês. Fomos colegas bancários, militantes sindicais juntos, somos quase conterrâneos e contemporâneos e acho que ela faz um brilhante trabalho na Alerj. Só que isso não pode encobrir que por inocencia ou preconceito, o seu governo em Barra Mansa, como voce mesmo reconhece, foi desastroso. Já fui idealizador e cerimonialista de uma justa homenagem a ela na qualidade de mulher que dignifica a participação do sexo feminino na vida pública. Pode ser que ela tenha alguma mágoa a meu respeito, mas pessoalmente, lhe devoto carinho e admiração, e voce pode até não acreditar, mas tenho uma grande simpatia pessoal por ela.
    3. Quanto aos 200 demitidos da FEBAM, posso lhe afiançar que acho que ela foi induzida a fazer corpo-mole e acatar sem discutir a demissão solicitada pela justiça. Para uma pessoa que foi eleita coma a força da classe trabalhadora e com a bandeira do magistério nas mãos, isso me soou como uma traição, tanto que, pelo que consta, vários já reverteram a situação na própria justiça.
    4. No mais, obrigado pelo elogio e pela sinceridade.

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