quarta-feira, 17 de agosto de 2011

COVARDIA.



COMO AGE A HIPOCRISIA REINANTE NA CIDADE.

Fui abordado por uma jovem que disse que a culpa dela estar desempregada foi a publicação no nosso Blog da lista dos contratados irregularmente em detrimento dos aprovados no Concurso Público, que provocou o seu afastamento da prefeitura de Barra Mansa, e sobre isso quero fazer uma pequena dissertação:

Quem dera, ai quem dera, que a prefeitura tomasse providências e decisões baseadas nas denuncias de nosso Blog. Não haveriam tantas propagandas milionárias, o COC e a NUTRI seriam banidos, a fortuna para a ONG Construindo Sonhos seria investida na valorização dos profissionais da educação e no ensino público como um todo, secretários incompetentes e venais seriam exonerados, terceirizadas de fora não locariam tantos carros para Barra Mansa, etc....
O que acontece e que a prefeitura e seus mandatários, de forma habitualmente covarde, usaram do pretexto acima para se livrar de pessoas que não atenderam aos seus apelos e devaneios políticos, nada mais.
Não tenho absolutamente nada contra as pessoas que foram contratadas, pois nem as conheço, e se as conhecesse, o tratamento não seria diferente. Reconheço que a falta de emprego que assola nossa cidade, graças a administrações sucessivamente pífias, politiqueiras e incompetentes, afugentaram empresas de nossa cidade, e por conseguinte, os empregos também, e isso leva a maioria a usar de qualquer expediente para buscar um salário que lhe permita a sobrevivência, porém é bom enfatizar que atitudes como essa são exatamente iguais as daqueles de quem tanto protestamos, em especial, a classe política.
Quando uma pessoa é alocada no mercado de trabalho sobrepondo-se a quem justamente merecia, age de forma igualmente oportunista aos políticos que se locupletam graças as informações privilegiadas e troca de interesses. Quando alguém “fura” uma fila ilegalmente, age como aquele “Gerson” que não respeita as leis da sociedade e pretende levar vantagem em tudo. O mal generalizado do brasileiro é esse: quer que a Lei seja rigorosa para com os outros e extremamente tolerante para si mesmo. Enquanto agirmos assim, achando que temos todos os direitos e para os demais só sobram deveres, em nada poderemos criticar nossos políticos que tornam-se um retrato fiel da esmagadora maioria da sociedade brasileira: malandra, oportunista, casuísta e hipócrita.
Reitero que não pretendi e não pretendo prejudicar ninguém, mas pretendi e pretendo defender o direito de quem na sua boa fé, inscreveu-se num concurso público e por capacidade e direito, foi aprovado, sendo covardemente extirpado da chance de trabalhar por tramóias indescritíveis, vis e imorais.

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