sexta-feira, 27 de maio de 2011

UM POUQUINHO DE NANDO REIS.



SIMPLESMENTE....NANDO REIS.
Foi batizado com o nome de José Fernando. Na sua casa sempre se ouviu muita música. Sua mãe era professora de violão, cantava bem, e sua voz era linda. Ganhou o seu primeiro violão da Vó Jú quando tinha sete anos. Aprendeu os primeiros acordes com as aulas da sua irmã, mas aprendeu mesmo a tocar violão quando tirou sozinho todas as músicas do disco de Londres do Caetano.
Quando entrou na Universidade Federal de São Carlos os Titãs já começavam a montar o seu primeiro show. Em 15 de outubro de 1982, à meia-noite, na choperia do Sesc Pompéia, os Titãs entraram no palco pela primeira vez para apresentar um show inteiramente seu. Com cenário, figurinos, luz e repertório próprio apresentaram-se por duas noites seguidas um show estranho e ousado que a princípio só mobilizou os amigos, mas que, graças a insistência e vocação, se repetiria por todos os buracos de São Paulo até que uma gravadora resolvesse os contratar. Depois de mandar fitas cassetes para todas as gravadoras com repertório gravado e ensaiado à exaustão num estúdio nos fundos da casa do pai do baterista da Banda, e depois de recusar com veemência uma proposta para gravar um compacto simples acabaram assinando um contrato para gravação de um Long-Play com a Warner Music.
Dentro do estúdio Áudio Patrulha, nos buracos que permitia a sua agenda lotada para gravação de jingles, em julho de 1984, terminaram o disco “Titãs”. Foi a primeira experiência diante de um estúdio de “verdade” com uma mesa de 24 canais.
Gravou como cantor pela primeira vez duas versões dele: “Marvin” (com Sergio Britto) e “Querem meu Sangue”.
Depois de algum tempo sendo observados à distância, finalmente quebraram o gelo e iniciaram uma parceria que iria também mudar as suas vidas e ta,bem as nossas: os Titãs gravaram o LP “Cabeça Dinossauro”. Gravado depois da absurda prisão do Arnaldo, o repertório do disco revelava uma completa mudança nas letras da banda. Nando colaborou com mais três músicas: “Homem Primata”, “Igreja” e “Bichos Escrotos”. Essas últimas proibidas para serem difundidas tanto na TV quanto no rádio pelo Departamento de Censura Federal. Esse disco foi consecutivamente premiado e chegou ao seu ápice ao ser votado como o disco da década.
Iniciou-se após uma outra importante parceria na sua vida: Marisa Monte gravava seu segundo disco, “Mais”, com três canções dele (”Ainda Lembro”, “Tudo pela metade” e “Mustafá”) e uma outra inédita: “Diariamente”. Foi a primeira vez que uma composição dele foi gravada fora dos Titãs. Começou a se livrar de tantas dúvidas a respeito da sua capacidade criativa e a acreditar que suas músicas poderiam ser boas. E como são.
Em janeiro de 95 entrou no estúdio para gravar seu primeiro disco solo. O segundo video-clip “A Fila”, recebe o clip de ouro da MTV na categoria MPB. É premiado, de novo, como melhor compositor pela APCA.
Após as mortes do companheiro titânico Marcelo e de Cássia Eller, termina uma história de vinte anos de Titãs para começar outra etapa da sua vida.
Maio de 2004. É convidado pela MTV para gravar o projeto “Ao vivo”, o show que deu origem ao CD e DVD “Nando Reis e os Infernais: MTV ao vivo”. Ganha o prêmio APCA de melhor compositor pela terceira vez, e de lá pra cá só sucesso e aprimoramento musical.
Esse é um pedacinho de Nando Reis. Sua obra completa e seu carisma você vai curtir coma gente dia 02 de julho, no Porão Hall.

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