quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

FOLCLORE DE BARRA MANSA - VIII

Luiz Amaral no meio de sua sobrinha Silvana e sua filha Ana Lúcia.


CAUSO SUJEITO À CONFIRMAÇÃO...

Luiz Amaral foi prefeito de Barra Mansa por três vezes. Quem conhece o seu padrão de vida simples para um advogado criminalista renomado e professor conceituado, sabe que as fofocas que circulavam sobre supostos esquemas ilícitos na prefeitura em suas gestões, não é verdadeira. Mas é certo de que durante um bom tempo, e creio que até hoje, para se conseguir liberar algumas verbas federais para os municípios, além de bons projetos, usa-se “sine-qua-non” maneiras de facilitação não muito republicanas. Luizinho acreditava que acima de tudo, devia-se garantir verbas públicas para a cidade, e assim várias benfeitorias foram dirigidas ao município, como creches e quadras poli-esportivas. Mas sabe-se que havia um certo superfaturamento para poder presentear alguns intermediários dessas liberações financeiras. Creio que por conta disso, as bocas malditas existentes na cidade criaram um apelido pouco honroso para o prefeito de branco, chamando-o, às costas certamente, de “Quinzinho”, em alusão ao suposto percentual que as empreiteiras tinham que guardar para o comissionamento destes intermediários fraudulentos das verbas públicas. Era pegar ou largar, e várias cidades preferiram pegar.
Creio que Barra Mansa era uma delas.
Pois bem.
Após o meio do seu segundo mandato, diz a lenda, que carece de confirmação, os correligionários de Luiz Amaral, resolveram lança-lo como candidato à deputado Estadual, visando a continuidade de Luizinho no foco político, visto que na época, não era permitida a reeleição pra prefeito.
Depois do duro trabalho de convencer o professor Luizinho a encampar a idéia, visto que tal cargo nunca foi de seu agrado, foi mais difícil ainda convencer Luiz a visitar outras cidades, haja vista, que na mente dos idealizadores da campanha, só os votos cooptados em Barra Mansa, não garantiriam o êxito eleitoral.
Sendo assim, muito contra a sua vontade, Luizinho começou a visitar inaugurações de obras pelo Sul Fluminense.
O caso em tela, aconteceu, segundo a lenda, em Passa Três, distrito de Rio Claro. Era uma inauguração em um colégio no distrito. O prefeito da cidade, foi convocado às pressas para uma reunião no palácio das Laranjeiras e não pode encabeçar a solenidade. Por sua vez, o Presidente da Câmara, aliado do executivo, teve um distúrbio intestinal que também o impediu de comparecer a solenidade. A vez da honraria ficou para um vereador do distrito, que pouco conhecia da política fora dos limites de seu município. No meio de seu discurso inflamado, o vereador, recebeu a informação que tinha chegado no palanque o prefeito de Barra Mansa, que já ajeitava-se ao lado do vereador numa pose tradicional para fotos.
Interrompendo a sua oratória o vereador falou: - Senhoras e senhores, queremos agora, com muita honra, anunciar a presença do ilustre prefeito da cidade vizinha e co-irmã, Barra Mansa, ( e aumentou o tom....) JOAQUIMMMMMMMMMMMMM DO AMARALLLLLLLLLLL.....
Luizinho, assustado, falou ao pé do ouvido do orador: - Vereador, meu nome é Luiz....
Imediatamente, o incauto vereador retrucou: - Porra, mas se o seu apelido é Quinzinho, cumé que eu vou saber que seu nome é Luiz, cacete......

Diz a lenda que Luizinho jamais voltou ao distrito.

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