quinta-feira, 18 de março de 2010

AQUI Ó!!!!!



JABOUR FALOU POR MIM

O pessoal tem estranhado o fato de não ter me pronunciado a respeito da emenda Ibsen, anão do orçamento, que numa emenda politiqueira e covarde, quer surrupiar dos cofres fluminenses a fatia que o estado faz jus por ser produtor de petróleo.

Não me pronunciei porque acho que essa Emenda passa no Senado, Lula veta, o Congresso rejeita o veto, e só restará o caminho da justiça, inclusive já acionado pelo deputado Eduardo Cunha. Lá estará a nossa vitória, pois a emenda carrega vício inato de inconstitucionalidade. Mas ontem, ao ver o Jornal da Globo e o depoimento de Arnaldo Jabour, me senti contemplado e faço minhas as oportunas palavras do cinesta, que foram:

A passeata no Rio vai além da luta pelos royalties do petróleo. Foi uma reação da cidade desfigurada há décadas. O poder central ignora o Rio como se fosse uma bela lembrança do passado. O Estado também sofre com esta ameaça, mas me detenho no Rio. Não é mais possível suportarmos esta morte progressiva.
Primeiro foi a mudança da capital por um delírio onipotente de JK, que criou a ilha da fantasia corrupta e cercada de miséria, que já nos custou trilhões. Depois o Geisel acabou com o estado da Guanabara com um peteleco.
Eu sou carioca e vi a cidade e o estado dominados pela cáfila mais incompetente de governadores e prefeitos da história. Eu vi a violência ocupando os morros, eu vi as indústrias fugindo, eu vi o progressivo desalento de uma cidade sem economia, virando um mercado persa de camelôs ou uma praça de guerra miserável.
Até que aconteceu a escolha das Olimpíadas e voltou a esperança! O Rio ganhou um projeto. Aí, vem a emenda do Ibsen que simplesmente extingue nosso futuro. Se esta emenda passar no Senado é melhor cancelarmos as Olimpíadas.
A passeata tem de continuar como um movimento constante da consciência carioca. O poder canta em Brasília: “cidade maravilhosa” ou “Rio de Janeiro, gosto de você”. Aqui ó!

Quanto a passeata, não fui por compromissos profissionais na Câmara, mas gostaria de ter ido, e parabenizo a todos que lá estiveram, inclusive o prefeito de Barra Mansa e sua esposa, que jujntamente com o vereador Luis Antonio, foram dar a sua contribuição ao movimento. Falo o nome deles pois os vi chegar com ares de cansaço e me senti orgulhoso de ver nosso prefeito defendendo nossos direitos. Numericamente, os tres evidentemente não representaram nada ao movimento, mas simbolicamente me senti representado vendo o chefe do executivo de minha cidade cumprindo seu dever cívico. Faço este elogio um pouco receoso, pois sempre quando o elogio, poucos momentos depois sou obrigado a condena-lo por atos rotineiros de alguns de seus péssimos colaboradores. Espero que desta vez não ocorra tal coincidência.

Porém, apesar do sucvesso da passeata, que reuniu 150 mil pessoas no Centro do Rio, gostaria de fazer uma comparação pessimista: Sabe quantas pessoas estiveram no desfile do Cordão do Bola Preta, no mesmo local, no sábado de carnaval? Um milhão e mio de pessoas, ou seja, 10 vezes mais.
Estamos avançando na politização e democratização do país, mas brasileiro gosta mesmo é de uma boa bagunça.
Se voce ainda não entende o motivo da celeuma, veja nos primeiros comentários uma explicação bem didática sobre o caso.

9 comentários:

  1. A aprovação pela Câmara dos Deputados de uma emenda que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo colocou o governo federal, Estados e municípios diante de uma polêmica envolvendo disputas políticas e interesses regionais.



    Na semana passada, os deputados decidiram que os royalties - espécie de compensação financeira paga pelos exploradores - devem ser distribuídos de forma igualitária entre todos os Estados e municípios do país.


    A decisão muda a regra atual, em que Estados e municípios produtores recebem uma parcela maior dos royalties pagos pelas empresas.


    A emenda aprovada pela Câmara será ainda encaminhada ao Senado, mas a decisão entre os deputados já foi suficiente para deflagrar a polêmica sobre quem deve receber a verba gerada com a exploração do petróleo.


    Entenda o debate.


    O que são royalties e como são cobrados?


    De modo geral, royalty é um valor cobrado pelo proprietário de uma patente ou ainda por uma pessoa ou empresa que detém o direito exclusivo sobre determinado produto ou serviço.


    No caso do petróleo, os royalties são cobrados das concessionárias que exploram a matéria-prima, de acordo com sua quantidade, e o valor arrecadado fica com o poder público.


    De acordo com a legislação brasileira, Estados e municípios produtores - além da União - têm direito à maioria absoluta dos royalties do petróleo. A divisão atual é de 40% para a União, 22,5% para Estados e 30% para os municípios produtores. Os 7,5% restantes são distribuidos para todos os municípios e Estados da federação.


    A justificativa para essa divisão é de que os royalties são uma espécie de compensação às administrações locais, pelo fato de o recurso ser finito. Além disso, essas localidades em tese têm mais gastos com infraestrutura e prevenção de acidentes, por exemplo.


    Segundo a Agência Nacional do Petrólo (ANP), o Brasil arrecadou R$ 7,9 bilhões em royalties no ano passado.

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  2. Por que a distribuição de royalties voltou ao centro da discussão?


    Com a descoberta da camada pré-sal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a defender novas regras para a exploração do petróleo no país.


    Um dos argumentos é de que as empresas terão acesso a reservas de alto potencial e com risco exploratório perto de zero - o que justificaria um novo marco regulatório.


    Foi nesse contexto que o presidente Lula apresentou, em agosto do ano passado, quatro projetos de lei propondo mudanças no setor, sendo um deles na distribuição dos royalties.


    O governo Lula, que chegou a defender a distribuição igualitária dos royalties, voltou atrás diante da pressão dos Estados produtores e passou a defender um tratamento diferenciado para essas administrações.


    Mas os deputados não aceitaram a proposta e aprovaram uma emenda, apresentada pelos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Humberto Souto (PPS-RS) e Marcelo Castro (PMDB-PI), que prevê a distribuição dos royalties do pré-sal para todos os Estados da federação.


    A divisão aprovada na Câmara por 369 votos a favor e 72 contrários é de que 30% dos royalties sejam destinados aos Estados, 30% aos municípios e 40% à União, sem tratamento diferenciado para os produtores.


    A chamada "emenda Ibsen" foi além da camada pré-sal e estendeu a nova distribuição de royalties também às bacias tradicionais, incluindo as já licitadas.


    Cálculos apresentados pelo deputado Humberto Souto mostram que o Estado do Piauí, por exemplo, poderá receber R$ 317 milhões em royalties ainda este ano, enquanto o Rio de Janeiro, maior Estado produtor, ficaria com cerca de R$ 200 milhões.

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  3. Quais são os argumentos a favor da nova distribuição?


    O principal argumento dos parlamentares favoráveis à mudança das regras é de que o petróleo pertence "a todo o país", o que justificaria uma distribuição igualitária dos royalties.


    Segundo o deputado Marcelo Castro, "não interessa que a exploração seja feita de frente para o Rio de Janeiro". Para ele, é preciso usar o petróleo para fazer "justiça social" e "reduzir desquilíbrios" regionais.


    Na avaliação do deputado Ibsen Pinheiro, a exploração do petróleo é feita no mar, não havendo, segundo ele, possibilidade de danos para Estados e municípios produtores.


    Ainda de acordo com o deputado, não seria "justo" privilegiar dois Estados e "prejudicar" 25. Em entrevista ao site G1, Ibsen disse que os Estados produtores "têm, no máximo, vista para o mar, que é muito privilegiada".


    Os defensores da distribuição igualitária dizem também que todos os Estados acabam pagando, por meio da União, pelas pesquisas da Petrobras e pelos testes nos poços - e por isso devem ser beneficiado com royalties.


    "Essa matéria tem fundamento jurídico, fundamento moral e maioria. Nada justifica a desigualdade", disse Ibsen, durante a votação da emenda.


    Ainda de acordo com o deputado, "é justo que o petróleo pertença a todos os brasileiros, pois todos somos iguais perante a lei". O deputado Fernando Coruja (PPS-SC) acrescentou que a regra "inverte a concentração de recursos", permitindo que os municípios com menos dinheiro "participem da riqueza do petróleo".

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  4. O que dizem os Estados e municípios produtores?


    A emenda Ibsen tem sido fortemente criticada pelas lideranças do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que descreveram a medida como "covardia". O governador do Rio, Sergio Cabral Filho, chegou a chorar em público ao comentar a decisão da Câmara.


    Segundo ele, os deputados que votaram a favor da emenda esperando algum "benefício eleitoral" em seu Estado estão "equivocados". Sua avaliação é de que a população brasileira será "solidária" ao Rio.


    De acordo com cálculos apresentados pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a arrecadação do Estado do Rio de Janeiro com royalties do petróleo cairia de R$ 5 bilhões para cerca de R$ 100 milhões.


    O governador do Rio disse que a perda de receita afetará as obras para os Jogos Olímpicos de 2016 e convocou a população para uma caminhada no centro da cidade, na quarta-feira.


    Representantes dos Estados produtores veem ainda "falhas jurídicas" na emenda, por mudar as regras de contratos já firmados, no caso dos poços que já foram licitados.


    "Campos já licitados, já leiloados, não podem ter as regras mudadas, porque isso fere os princípios jurídicos, muda cláusulas de situações já consagradas", disse o senador Francisco Dornelles (PP-RJ).


    Existe a possibilidade de um acordo?


    A aprovação da emenda Ibsen criou um embate entre os Estados da federação, com Rio de Janeiro e Espírito Santo de um lado, e as outras 25 unidades do outro.


    Diante da disputa regional, lideranças do governo Lula tentam agora costurar uma nova proposta antes que a matéria seja votada no Senado.


    Uma das alternativas apresentadas pelo deputado Ibsen Pinheiro é de que a União use sua cota na distribuição dos royalties para compensar pelo menos parte das perdas nos Estados e municípios produtores.


    Segundo o deputado, os prejudicados poderão ser compensados pela União até que a produção de petróleo atinja níveis que garantam os atuais patamares de remuneração.


    No entanto, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa rebateu essa possibilidade.


    A ideia do governo, agora, é elaborar um projeto de lei específico sobre a questão dos royalties. Dessa forma, a matéria poderia ser apreciada normalmente (sem o pedido de urgência), o que daria tempo para que o assunto seja melhor discutido.


    Caso os senadores mantenham a emenda que redistribui os royalties, o presidente Lula poderá vetá-la ou não. A partir daí o veto presidencial terá de ser votado por deputados e senadores, em sessão conjunta.

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  5. Quais são as implicações eleitorais do debate?


    A discussão sobre os royalties do petróleo tem um forte apelo eleitoral, com potencial de desgaste tanto para governo como para a oposição.


    No caso do governo, esse potencial tende a ser maior, já que o presidente Lula está diretamente envolvido no debate, podendo vetar ou não a decisão do Senado.


    Se os senadores concordarem com a redistribuição dos royalties, o presidente Lula terá de decidir se fica do lado dos dois Estados produtores ou do restante do país.


    "Seria um decisão desgastante em meio à campanha da ministra Dilma Roussef", diz um deputado da base aliada ao governo, referindo-se à pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.


    O assunto também é visto com receio pela oposição, que teme se indispor com o restante do país em pleno ano eleitoral.


    O governador de São Paulo e possível candidato à Presidência, José Serra, tem evitado criticar de forma mais contundente a emenda Ibsen, mesmo estando à frente de um dos três Estados produtores de petróleo.


    Serra disse nesta quarta-feira que distruibir os benefícios do petróleo para todo o Brasil é uma "preocupação correta", mas que o projeto, do jeito que está, é "inaceitável".


    A avaliação de um deputado da oposição é de que o governador está prestes a oficializar sua pré-canditura à Presidência e que "comprar briga" com o restante do país "teria um alto custo". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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  6. Sr. julio, os royalties são motivo de escândalos em todos os lugares. No Rio, me desculpe, o chororó é da classe política que nunca aplicou corretamente estes valores, político esta preocupado com o seu bolso, menos R$ 7 bilhões por ano, Deus nos livre!, vamos perder uma fortuna disseram os safados.
    Aliás, o Sr.sabia que empresas de consultoria dividiram o Estado do Rio em três regiões e "auxiliaram" as Prfeituras a receber royalties e três emrpesas ganharam licityaç~eos com o mesmo argumento"exclusivas e notório conheicmento" ?
    Pois é, em barra Mansa, por exemplo, o Roosevelt Brasil pagou uma fortuna para receber os famosos royalties que a Petrobrás pagava sem qualquer aç~çao ou necessidade de intermediação, ou seria de intermídiaação? Sei não heim, mas não tô convencida de que estes prefeitos que págaram fortunas para receber royalties sejam tão honestos e competentes assim como apregoam.

    Rose.

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  7. Julio

    A classe política esta na bronca pois estes recursos sempre foram mal aplicados, quem ganhou foram cantores em exposição agropecuária nas cidades do interior, superfaturadas, encheram os bolsos e a miséria, as favelas aumentaram notadamente em Campos e Macaé...A Saúde e segurança uma porcaria, tem um grupo ou melhor um EIXO do mal no Rio formado por políticos e autoridades, empresários que ficaram milionários com estes recursos mal aplicados.

    Dane-se esta emenda...

    Ebio

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  8. Rose e Ebio,
    Será que todos os 92 prefeitos do estado do Rio são desonestos e corruptos?
    Será que os prefeitos dos estados que serão beneficiados com essas emendas são melhores do que os nossos e vão aplicar todos os recursos extras com transparencia, honestidade e sapiencia?
    Será que é só no Rio de Janeiro que as verbas públicas são aplicadas?
    Amigos, entendo a desesperança de voces, mas não se iludam, caso a nefasta emenda Ibsen conclua a sua missão e seja colocada em prática, é na nossa carne que vai doer a chibatada, são nossos filhos e as futuras gerações de fluminenses que arcarão com a miseria do empobrecimetno do estado.
    Os po´líticos vão sempre arrumar um jeitinho de se virar e de se locupletar, se for essa a sua índole, e é o ppovo que vai arcar com as pesadas consequencias da perda de recursos.
    mesmo supostamente mal aplicados, essa verba causa, mesmo que não totalmente justa, circulação de moeda em nosso estado.
    Eu me lembro de uma vez um eleitor descontente falando que não votaria num candidato da região, pois apesar de ele trazer muitos recursos para sua cidade, ele tirava proveito próprio disso. Ora, então vamos deixar os deputados do mato Grosso, Goiás Rio grande do Sul, Amazonas, etc.. levarem estes recursos para seus estados e eles se aproveitarem´?
    O quadro realmente é sujo, mas temos que ser inteligentes e menos invejosos com o sucesso alheio. É preferível um vizinho rico que nos proporcione segurança do que vizinhos mais pobres que nós que venham sempre nos auxiliar socorro.
    Mesmo mal aplicados, prefiro que eles sejam mal aplicados aqui, do que ma aplicados em outro luigar. Políticos corruptos e desonestos existem em todo o país, isso não é um privilégiuo fluminense, mas o petróleo sim, é nosso, é extraido em nosso estado e cabe a nós parcela desses dividendos.
    Pensem nisso, é o futuro que está em jogo e temos que acreditar que as futuras gerações saberam aplicar os recursos com mais dignidade e decencia. Não podemos abrir mão do que lhes é de direito.
    Um grande abraço,

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  9. Onde disse aplicadas, no terceiro parágrafo, leia-se mal aplicadas.

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