sexta-feira, 12 de março de 2010

POETINHA CAMARADA.


PAZ.

Amigos, mais uma semana está se encerrando e para mim foi mais uma semana legal. Conheci e me apaixonei por Natal, completamos 10.000 acessos no blog, minha filha mais velha completou mais um verão, ontem pude participar de uma roda de violão com meu amigo Marcial em Volta Redonda (como é bom uma roída de violão entre amigos, sem microfone, caixa de som, amplificadores, etc.. principalmente no meio da rua) e a vida segue em sua inevitável intensidade. O fato ruim é que perdi meu aparelho de rádio novinho dentro do avião e até agora a GOL não o localizou. Triste é refazer a agenda, mas aprendi que quando algo sai de nosso controle, temos que pensar se daqui a um ano isso fará diferença em nossa vida, e quando não fizer, não vale a pena lamentar. Para terminar, recebi um e-mail do meu dileto amigo Esquerdinha, relembrando um poema de Vinícius destinado aos seus amigos. Poucas vezes na vida me identifiquei tanto com um texto e me vi totalmente inserido nele. Peço licença para fazer minhas as palavras sábias e elegantes de Vinícius e oferece-las a vocês.
Grande poetinha, passou pela vida com sabedoria, eloqüência e paixão, e vive hoje eternizado um pouquinho dentro de cada um de nós.

Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí,e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo!Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber -que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes

Um bom final de semana, com muita paz no coração e muito amor na cama.
Em tempo, esse final de semana ficarei na terrinha, então bares, preparem-se: estou com sede.
Bistrô do Serratinho, Colarinho Branco, Fronteiras, Ana Carolina, Inauguração do Porão Hall, devem ser as minhas pedidas. Se der sorte de encontrar com vocês, desde já vai meu abraço e o convite para brindarmos juntos a vida em plenitude.

Glauco, graças aos seus traços inteligentes, muitos jovens despertaram o gosto em pensar.
Que Deus lhe encaminhe. Paz.

5 comentários:

  1. Julio, estou lendo sua postagem nesse momento e achei oportuno vir te agradecer por todo apoio que nos deu quando precisamos. Estou sempre atenta aos blogs do meu pai e seu, mas não sou adepta dos comentários...mas nessa postagem senti uma vontade de escrever e de agradecer a força que nos deu quando precisamos. Ao contrário do que muitos dizem, vc se mostrou um ser humano realmente humano, um amigo na verdadeira acepção da palavra. Assim como já dizia nosso poeta, nós não fazemos amigos, reconhecemos-os. E eu agradeço todos os dias por temos amigos como vc. Obrigada por tudo.
    bjs
    Paula

    Ps. Tô adorando esse blog!!!! quem será Gabi!!! ahhahahah

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  2. Olha só... é a minha filhinha. Faço das palavras dela, as minhas.

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  3. Paula e Paulo,
    Ter amigos como voces é benção do Superior. Grato por existirem.

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  4. Só faltava esta, além de um baixinho metido a besta com um bloqueiro vaidoso vem esta tal de Paula, filha do baixinho. É muito pra Barra Mansa. Go out turma do mau!ah ! Leva também aquele idiota do Professor jefferson e o babaca do ricardo.

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  5. Anonimo chatinho do go out sem criatividade,

    Tenho publicado todos os comentários por princípios democráticos e transparentes, mas se voce não tiver mais nada que falar que acrescente uma mísera contribuição, a não ser ofensas vazias e desprovidas de imaginação e inteligencia, vou criar uma exceção e recusar seus infelizes torpedinhos infantis´.
    Quanto ao blogueiro vaidoso, se for referencia a minha pessoa, aceito o rótulo, com prazer.
    Muito para Barra Mansa???? Se a cidade tiver mais meia dúzia de obtusos do seu quilate, creia, de verdade, que somos sim.

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