segunda-feira, 29 de março de 2010

DILMISSÃO - DOUBLE DOSE DE MENTIRA.




PAC 2 - A MENTIRA PERPETUADA - A MISSÃO.

Lula lança hoje o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Deve ser caso único na história em que uma nova ação é anunciada sem que a anterior mal tenha começado: até agora, o PAC lançado há três anos e dois meses só completou 11% das obras previstas.
Há um lado revelador no evento de hoje: ele escancara com todas as cores, pingos e is, que as ações da gestão petista focarem unicamente o marketing e os objetivos eleitorais. Realizá-las e, com elas, beneficiar a população, é algo de nenhuma importância para Lula-Dilmatreira.
O PAC foi uma grande jogada da equipe de propaganda petista. Embrulha numa marca de fantasia um monte de obra que já existia; junta outro tanto que o setor privado já programara fazer; adiciona verbas liberadas para empréstimos que terão de ser pagos por seus devedores; e é temperado com uma boa dose de contabilidade e criatividade. Tudo adicionado, oferece-se ao distinto público vistosas somas de investimentos, num tom do “Brasil Grande”, igualzinho ao regime militar do “Ame-o ou Deixe-o” do ditador Médici.
Entre a embalagem e que tem dentro do potinho vai uma distância infinita. O ritmo das obras é sofrível; o descuido com procedimentos prudentes perante a legislação ambiental é notório; a manipulação eleitoral é gritante, com “inaugurações” feitas em meio a barro e que a mais barro retornam horas depois. Vejamos isso em números:
Dos 12.163 empreendimentos do PAC 1, apenas 1.378 foram concluídos (10,7%), de acordo com levantamento da ONG Contas Abertas. Além disso, mais da metade (54%) das ações listadas nem mesmo saíram do papel. (Estamos falando de um governo que governa há sete anos e três meses e de um programa que existe há três anos e dois meses!).
Mas a falta de resultados reais não impede que Lula e Dilmalversadora viajem pelo Brasil para “inaugurar” empreendimentos que voltarão em questão de horas, a ser canteiros de obras lentas. De 22 obras entregues pelo presidente e pela candidata oficial desde outubro, 13 (60%) não funcionam. Em um dos casos, a barragem inaugurada em Jenipapo de Minas (MG) não tem licença ambiental nem prazo para entrar em operação.
Há artimanhas de todos os tipos, para todos os gostos. O repertório também inclui inaugurar obras que não tiveram um centavo investido pelo governo federal. Os exemplos vão do Hospital da Mulher de São João de Meriti (RJ) a um posto de saúde bancado exclusivamente pela prefeitura de Juiz de Fora e pelo governo de Minas – ambos dp PSDB.
A sacanagem vai mais longe e afronta a lei. Lula e Dilmacaquice não se furtaram a inaugurar obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União, como foi o caso da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (PR), há duas semanas. Ou a “inaugurar” repetidamente obras que ainda nada são, como o Complexo Petroquímico do Rio, três vezes visitado pelo presidente e sua candidata-ministra, e igualmente condenado pelo TCU.
O problema do PAC 1 não é apenas o atraso ou a inexistência das obras. A forma como o programa se apresenta é incrível e deliberadamente enganosa. Dá-se a entender que esforços de municípios, estados, empresas particulares, investidores estrangeiros e mesmo cidadãos, sejam méritos exclusivos do governo federal. Na linguagem popular, trata-se da velha cortesia com chapéu alheio. Gozar com a p... alheia, numa linguagem mais chula.
A participação efetiva do governo federal é irrisória. De todo o conjunto de ações do PAC, estimados em R$ 643 bilhões pelo governo, coube à União desembolsar até agora apenas R$ 27,2 bilhões, de acordo com o Siafi. Isso equivale a 4,2% do anunciado pela propaganda. De novo, é importante repetir: tudo isso, passados três anos e dois meses de existência do programa “eleitoral”.
Com tantas maracutiaias, o PAC revela-se tão artificial quanto a candidata que dele se vale para tentar perpetuar-se no poder. O PT optou pela empulhação, como, mais uma vez, se verá na tarde de hoje, no lançamento do PAC 2.
Papel aceita tudo. O eleitor, espero que não.

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