quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TPM NA ECONOMIA.


BRASIL – LÍDER MUNDIAL – DE JUROS.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central define hoje a taxa básica de juro que irá vigorar no país pelos próximos 45 dias. Na mais realista das hipóteses, o Brasil levará a taça de campeão mundial de juros, um título que nos tem perseguido ao longo de todo o governo Lula e do qual não temos nada do que nos orgulhar. Segundo levantamento feito pela consultoria UpTrend, se o BC optar por manter o juro básico em 8,75% anuais, hipótese tida como mais provável pelo “mercado”, a taxa real brasileira – ou seja, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses – permanecerá em 4% ao ano. Pode parecer pouco, diante do passado recente, quando o juro real chegava a 10%, mas é uma excrescência perto do que praticam as demais nações neste momento de retomada ainda tênue da economia mundial. A média de juro real nas 40 economias acompanhadas pelo UpTrend é de 0,1% negativo. Isso mesmo: nesse grupo, metade pratica taxas iguais a zero ou menores do que a inflação corrente em suas economias. E por que fazem isso? Porque o juro alto asfixia a atividade econômica, além de provocar distorções na formação de preços básicos da economia, como o do dólar. Façamos a comparação com economias de porte similar à nossa, ou os propalados “emergentes” aos quais os analistas creditam a retomada mundial. Na China, que acaba de tomar medidas para esfriar sua frenética atividade interna, o juro real está em 3,3%. Na Rússia, em 0%, e na Índia, em 9% negativos. Pra não esquecer: no Brasil, são vistosos 4%. E nossos vizinhos latino-americanos, como se comportam? Na Argentina, o juro real é de 2%, e no Chile, 1,9%. Isso significa que em todos estes países dá-se mais estímulo para que a atividade econômica se desenvolva do que no Brasil de Lula e Dilma.
Vale observar também como se comportam os bancos centrais nas economias mais robustas. Nos EUA, o juro real é negativo (-2,5%). Na Inglaterra, idem: -2,3%. Pouco mais conservador, o Japão pratica taxa de 2% ao ano, ainda assim metade da nossa. E na Itália, a taxa é zero.Nos últimos dois anos, 1.066 empresas brasileiras deixaram de exportar; só no ano passado foram 585 firmas a menos atuando no mercado externo. Até o número de grandes exportadores (com vendas anuais acima de US$ 100 milhões) caiu, de 260 para 223. O efeito global pôde ser medido na queda de 22% nas exportações brasileiras em 2009, a maior desde a década de 1950. A consequência disso foi terem produzido menos e empregado menos brasileiros. Como se vê, a cadeia dos juros altos é longa e bate no nosso bolso de várias maneiras, nenhuma delas positiva.

Ontem, ao conversar com um empresário super bem sucedido e que diversifica seus investimentos, ele me fez um alerta que repasso a todos vocês: mesmo na crise, a bolsa chegou a 35.000 pontos, hoje opera na faixa dos 70.000. CFM me disse que fecharemos o ano na casa dos 30.000. Então pequenos acionistas, atenção, pois a dica é quente.

Donas de casa, tenham cuidado com as bolsas nas ruas. Maridos, cuidado com a bolsa de valores e com o governo TPM - Tudo pela mentira.

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